6 de novembro de 2009

Direito Processual Civil - Aula 22

Nulidade dos atos processuais

Atos nulos são aqueles que apresentam vícios ligados a seus requisitos mínimos essenciais: condições da ação e pressupostos processuais (requisitos mínimos para que o processo se forme e tenha continuidade – ausência deles – vícios)

-espécies:

a) Atos inexistentes

b) Atos absolutamente nulos

c) Atos relativamente nulos


Atos irregulares Art. 243

Nulidade do processo e nulidade dos atos processuais

-Não existe na via processual um ato isolado, um ato vem em sequencia do outro

-Quando existir declaração de nulidade, somente o ato será decretado nulo, inclusive aqueles atos a ele vinculados


Espécies:

.Cominadas → têm previsão em lei → elas são absolutas

.Não cominadas → não vêm dispostas por lei → são relativas


. Arguição das nulidades

Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.

se a parte tiver dado causa à nulidade, não poderá arguir


.Decretação de nulidade

Sempre será decretada pelo juízo da causa.


.Efeitos

Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.

O juiz diz quais são os atos envolvidos por aquela nulidade

Se estiver no ato decisório, o juiz, em tese, decretará nulo todo o processo


Absolutamente nulos

Relativamente nulos

Ordem pública

Interesse privado

Vício insanável

Vício sanável (convalidado)

Juiz declara de ofício ou a requerimento


Não convalidação

Admite convalidação

A qualquer momento

No primeiro momento de manifestação




Direito Empresarial I - Aula 20

.Transformação

Art. 1.113,CC. O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.

Art. 1.114. A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031 →

Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. § 1º O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios suprirem o valor da quota. § 2º A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual em contrário.


Art. 1.115. A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores.

Parágrafo único. A falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a estes beneficiará.

Se o estado de falência é anterior à transformação, os sócios responderão no mesmo estado em que estavam anteriormente à transformação (responderão limitada ou ilimitadamente, conforme o caso)


.Concentração

a) Incorporação CC, 1116 a 1118

Art. 1.116. Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para os respectivos tipos.

Art. 1.117. A deliberação dos sócios da sociedade incorporada deverá aprovar as bases da operação e o projeto de reforma do ato constitutivo.

§ 1º A sociedade que houver de ser incorporada tomará conhecimento desse ato, e, se o aprovar, autorizará os administradores a praticar o necessário à incorporação, inclusive a subscrição em bens pelo valor da diferença que se verificar entre o ativo e o passivo.

§ 2º A deliberação dos sócios da sociedade incorporadora compreenderá a nomeação dos peritos para a avaliação do patrimônio líquido da sociedade, que tenha de ser incorporada.

Art. 1.118. Aprovados os atos da incorporação, a incorporadora declarará extinta a incorporada, e promoverá a respectiva averbação no registro próprio.


b) Fusão CC, 1119 a 1121

Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações.

Art. 1.120. A fusão será decidida, na forma estabelecida para os respectivos tipos, pelas sociedades que pretendam unir-se.

§ 1º Em reunião ou assembleia dos sócios de cada sociedade, deliberada a fusão e aprovado o projeto do ato constitutivo da nova sociedade, bem como o plano de distribuição do capital social, serão nomeados os peritos para a avaliação do patrimônio da sociedade.

§ 2º Apresentados os laudos, os administradores convocarão reunião ou assembleia dos sócios para tomar conhecimento deles, decidindo sobre a constituição definitiva da nova sociedade.

§ 3º É vedado aos sócios votar o laudo de avaliação do patrimônio da sociedade de que façam parte.

Art. 1.121. Constituída a nova sociedade, aos administradores incumbe fazer inscrever, no registro próprio da sede, os atos relativos à fusão.

Art. 1.122. Até noventa dias após publicados os atos relativos à incorporação, fusão ou cisão, o credor anterior, por ela prejudicado, poderá promover judicialmente a anulação deles.

§ 1º A consignação em pagamento prejudicará a anulação pleiteada.

§ 2º Sendo ilíquida a dívida, a sociedade poderá garantir-lhe a execução, suspendendo-se o processo de anulação.

§ 3º Ocorrendo, no prazo deste artigo, a falência da sociedade incorporadora, da sociedade nova ou da cindida, qualquer credor anterior terá direito a pedir a separação dos patrimônios, para o fim de serem os créditos pagos pelos bens das respectivas massas.



.Desconcentração – cisão LSA , 229

Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.


Grupos empresariais

-Formas de organização empresarial para aumento de posição e eficácia no mercado




Coligadas

Grupo de fato → constituído por uma empresa denominada controladora e outras empresas coligadas a ela

Controladora → tem coligação com uma controlada., por meio de participação no capital

Controlada → a controladora tem mais de 50% do capital social



Filiada → a controladora tem mais de 10% do capital social, sem exercer efetivo controle



Simples participação → a controladora participa de menos de 10% do capital social da empresa, não controlando a empresa

Grupo de Direito

Holding → é a sociedade comandante que comanda várias outras sociedades através de uma convenção. Cada empresa menor tem personalidade jurídica e autonomia própria. Cada uma dessas empresas trabalha em coordenada cooperação para a obtenção máxima de lucro.

Sociedade comandante

convenção” por prazo indeterminado

Consórcio → as sociedades se reúnem em tempo determinado para cooperada realização de um projeto determinado

Contrato

Objeto e prazo determinados