6 de maio de 2009

Filosofia - aula 17

Emanuel Kant (1724 – 1804)

A filosofia kantiana tem três aspectos fundamentais:

a) É um rompimento com a filosofia clássica moderna e marca o aparecimento de uma nova forma de enxergar a realidade, uma nova forma de se compreender o mundo.

b) A filosofia de Kant tem a influência de todo o movimento filosófico em torno da revolução francesa: liberdade, igualdade e fraternidade.

c) Também sofreu forte influência da moral protestante germânica, principalmente no final da Idade média, quando se tem o rompimento da união Estado-Religião. Com a Reforma Protestante, houve um rompimento moral com a Igreja o significou também um rompimento com uma série de bases existenciais na época. Antes, considerava-se que os fins justificavam os meios, poder-se-ia fazer uma guerra se fosse considerado o aspecto moral dessa guerra (as Cruzadas medievais são um bom exemplo da aplicação dessa ideologia). A reforma protestante inverteu isso: os fins são justificados pelas ações considerando que tais ações sejam morais.

 

Principais obras: A Crítica da Razão Pura – fala sobre as questões do conhecimento

Crítica da razão prática – sobre a questão moral

 

O fato moral: a liberdade do homem -

Quando se fala de conhecimento, tem-se o racionalismo e o empirismo como principais referências. O problema é que nem o racionalismo e nem o empirismo, segundo Kant, consegue, isoladamente,  estabelecer o conhecimento em sua totalidade como forma de se descobrir a verdade. E é pelo conjunto de verdades que se constroem os aspectos da existência, da moral e da liberdade.

Kant dizia que aquilo que ele fez no campo da filosofia pode ser comparado com aquilo que Copérnico fez com a astronomia (do geocentrismo para o eliocentrismo): a “Revolução Copernicana do Conhecimento”, como ele se auto-intitulava.

Ele tirou o racionalismo e o empirismo do centro do conhecimento. Para Kant, todo o conhecimento tem a sua origem na relação do sujeito com o objeto, ou seja, na relação da razão com a natureza.

Para os racionalistas, nós já nascemos com o conhecimento na mente, já para os empiristas, nossa mente é como uma folha em branco que passa a ser preenchida com o decorrer das experiências. Já para Kant, nós nascemos com algo chamado de formas a priori (no sentido de forma de fazer bolos), ou seja, nascemos com a capacidade para o conhecimento, mas não nascemos com o conteúdo desse conhecimento. É o conteúdo da experiência que vai preencher essas formas.

Essa idéia deriva da união dos pensamentos empirista e racionalista. É considerada uma filosofia universalista, pois diz que todos nós nascemos com as mesmas formas a priori, a mesma potencialidade, a mesma capacidade. O que diferencia o nosso conhecimento um do outro é justamente o conteúdo que é colocado nessas formas, mas as formas sempre permanecerão constantes, assim, todos os indivíduos sempre terão a mesma capacidade racional.

O Conteúdo sobre Emanuel Kant continua na próxima aula... 

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